sexta-feira, 16 de abril de 2010

Parda 171 - "O tal do prepúcio"

Depois de minha última postagem, vários e-mails chegaram perguntando sobre o "tal do prepúcio".
Como existem diversas dúvidas, mitos, incertezas e pouco se fala sobre ele, achei melhor esclarecer a todos - adultos e adolescentes -, pois estes últimos não conversam sobre sexualidade com seus pais.
- Em primeiro lugar, "prepúcio" não é a mesma coisa que "freio".
O freio é uma película que liga a cabeça (glande) ao corpo do pau.
Esta película pode ser mais grossa ou mais fina dependendo de cada indivíduo.
Os pênis são diferentes em cada homem assim como as vaginas em cada mulher. O freio pode se romper em uma relação sexual ou masturbação sem causar maiores danos, cicatrizando fácilmente.
Este rompimento, se fosse comum em todos os homens, poderia se comparar ao rompimento do hímen na mulher (seria a perda do cabaço masculino!!!!!).
- O prepúcio é a pele que cobre a cabeça do pinto e pode ser maior ou menor, novamente dependendo da anatomia de cada um.
Chamo de "bico de chaleira", devido à semelhança, o prepúcio muito grande, que fecha totalmente a glande e ainda tem pele sobrando.
A higiene, nestes casos, tem de ser mais minuciosa, pois a cabeça passa o dia inteiro coberta, sendo mais propícia ao esmegma. Além disto, a membrana interior é mais fina e pode esfolar num mero roça-roça.
-Pouco tempo atrás divulgou-se muito na mída que todos deveriam fazer a operação de fimose, pois este excesso de pele tornaria mais fácil a transmissão do HIV.
Segundo O Estado de S.Paulo não é bem assim.
Esta profilaxia serve mais para os africanos, entre os quais o índice de contaminação é alto e a população tem menor acesso a condutas básicas de higiene - quer por ignorância, quer por falta de materiais como água e sabão!
Ainda temos a questão religiosa: os judeus usam operar as crianças quando nascem e os muçulmanos não.
Em geral somente é indicada a operação quando a pele é inelástica a ponto de nunca expor a glande, dificultando a penetração e a colocação do preservativo.
A cirurgia de fimose é simples, normalmente com anestesia local e o indivíduo sai andando do hospital. Claro que com o pinto enfaixado!
Você vai ficar no "estaleiro" (sem transar ou se masturbar) por uns quinze dias. Este sim é que é o sufoco!
Não há o risco dos pontos se romperem se você se excitar à noite, mas não ajude com as mãos para não forçar a cicatriz recente. Depois do tempo estipulado pelo seu médico seja feliz, usando bem o pênis sem esquecer do preservativo!
A avaliação se é ou não necessária uma cirurgia é o urologista quem fará, sempre visando seu maior conforto.
E volto a falar que não ajuda em nada o fato de que, pela vida corrida de hoje, os pais acabem tendo pouca intimidade com os filhos adolescentes.
Por outro lado, atualmente, quando o bebê nasce o pediatra ensina as mães a fazer uma massagem no pintinho dos filhos para que a glande tenha maior facilidade de exposição.
Mas vamos combinar que esta não é a grande realidade do nosso povo, nem todos têm acesso a um pediatra que dê essa conduta às mães.
Tem mulher parindo no banheiro do hospital! E o médico ainda afirma na TV que "o caso não era emergente."!
Ainda bem que não era uma amputação, mas parir não ser emergência?! Só quem, como diz mamãe, "expele uma melancia por um buraco de rato" é que sabe!

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